E elogiar demais tem esse efeito, estraga tudo. Eu que havia gostado tanto do inicio dessa segunda temporada de Pretty Little Liars, do ritmo, dos mistérios constantes, da diminuição de historias desnecessárias, acabo de receber quase um oceano de água fria.

Os dois últimos episódios me desanimaram bastante, fiquei sem saber o que falar, vi, revi, vi mais uma vez e repeti esse processo até não conseguir nem mais admirar a beleza presente no elenco da série. O que vamos combinar, não é pouco.

Não é que os episódios tenham sido intragáveis, mas foram mais do mesmo e sem utilidade. É aquele ponto em que você espectador percebe que os roteiristas ou estão com preguiça ou não sabem mais o que escrever.

Ficou uma série teen pura e simples, daquelas baseadas nos relacionamentos e suas dinâmicas. E temporada passada eu até cheguei a elogiar isso, porém dessa vez não foi o suficiente. Não sei se eles perderam a mão ou se fiquei mal acostumada com a dinâmica de mistério, suspense e armação.

Finalmente Ezra percebeu que existe gavião rondando seu território. E por mais que eu o adore, ache fofo o jeito como ele se importa com a ex-aluna e o considere o ator mais bonito da série, deu produção. Acho muito mais agradável as cenas da Aria com o Jason, mesmo ele sendo a interrogação ambulante.

Começo a bolar teorias que ele sofra ou de transtorno de personalidade ou de bipolaridade. Que relação mais conturbada a dele com a irmã, ameaças de ambos os lados. Alison sempre foi aquela que assustava os outros, sabia que havia algo na historia do Jason que assustava nossa Queen Bee, porém nunca me passou pela cabeça que pudesse ser o próprio loirinho.

Vejam só a Emily que teve seu momento Veronica investigando as pistas que levaram até o Logan, agora é completamente inútil, como sempre foi. Pior ainda, dessa vez não tem drama com a mãe, a peguete da vez não deu as caras e o máximo de drama que vemos é ela ter que ir a biblioteca estudar, pela incapacidade que Hanna tem de escutar músicas estranhas sem cantarolar.

Ok, existe uma possibilidade dela se contundir, não ter condições de competir mais e não ganhar a bolsa verdadeira para universidade. No entanto essa historia da falsa bolsa nem mesmo é mais lembrada e a menos que essa possível contusão a leve ao uso de narcóticos, acho isso tudo boring.

Outra historia boring é esse retorno dos pais da Hanna. Vocês que me perdoem, mas casal que terminou ou separou é por que deu errado e não adianta passar tempo e todo mundo fingir que agora é tudo diferente, não é. Isso é apenas se enganar, no menor dos obstáculos tudo desaba mais uma vez. Prova disso, bastou o rebelde desocupado do irmão da Aria ser pego pra lua de mel do Sr. E Sra. Montgomery acabar.

Dois pontos que foram realmente bons no episódio é ver que finalmente os pais mais relapsos da televisão despertaram para o óbvio. Algo de errado com as filhas, uma menina desaparece por um ano, o corpo dela é encontrado enterrado no próprio quintal, uma de suas melhores amigas é atropelada, a outra é quase morta pelo cunhado e vira e mexe surgem retaliações à memória de tudo que elas viveram.

Já vi muito pai desligado, mas não conectar esses fatos já é demais pra minha cabeça. O Outro ponto que me agradou muito, foi as liars terem finalmente descoberto a ligação entre o Garrett e Jenna. Foi uma descoberta acidental, beirando o ridículo do absurdo, mas vamos aguentar isso não é. Meu único medo é o que pode acontecer com Spencer.

Só me resta agora torcer para que o ritmo anterior seja recuperado nessa reta final de half-finale. E antes que eu me esqueça, alguém tem ideia do que A. pode estar tramando? Mil teorias absurdamente improváveis surgiram pela minha cabeça com aquela cena da seringa.